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A Música nas aulas Gymboree [com um final surpreendente] 1

A Música nas aulas Gymboree [com um final surpreendente]

As aulas Gymboree – brincar com música

Numa aula de Gymboree Play & Learn nível 4 (16-22 meses), no momento do pára-quedas estava eu sentada com o Gymbo no colo, mais uma mãe com a sua pequenota. Estava a acompanhar-me na música do “Conde de Almoster” a marcharem para cima e para baixo, para a esquerda e para a direita… Enquanto todos os restantes pequenotes com os seus pais e avós exploravam entusiasmadamente o tema “por cima e por baixo” nos vários equipamentos.
Estes conceitos opostos servem de mote para muitas brincadeiras com as crianças desta faixa etária, pois gostam muito de explorar ativamente o espaço envolvente e é através do movimento que aprendem mais e melhor.
Quer espreitar algumas sugestões de brincadeiras com o tema Cima e Baixo? Veja aqui!
É nesta altura que surge a dúvida de continuar a cantar as músicas previstas para o momento do pára-quedas… ou simplesmente passar por cima delas e dar continuidade à aula. Decidi arriscar! Escolhi uma das músicas infantis possíveis: “Estavam três patinhos no lago a brincar…. e como estavam longe ouviu-se a mãe chamar Quá Quá Quá…”. Devagarinho, os pequenotes foram-se aproximando do pára-quedas, suscitados pela novidade da música e pelos gestos que fazia para acompanhar a letra.
Sabia que os gestos que acompanham as músicas infantis cantadas constituem mais um estímulo para o desenvolvimento da linguagem? Pode aprofundar mais o tema do desenvolvimento da linguagem aqui.
A imagem que guardo com mais ternura foi de uma menina que, em pé, mesmo no centro do pára-quedas dançava, imitando os meus gestos muito delicadamente…. e eis senão quando, após finalizar a música, a todos surpreendeu e para delícia da sua avó, com um suave “quá quá quá”! Foi uma risota geral!
Parece que é mesmo verdade, quem não arrisca não petisca! 😉

 

Carolina Canto (professora Gymboree)

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Diversão no pára-quedas…
7 competências-chave para a entrada na escola [Programa Gymboree School Skills] 2

7 competências-chave para a entrada na escola [Programa Gymboree School Skills]

O que é o programa School Skills

No Gymboree existe um programa, School Skills , uma aula de preparação para a escola, um tempo de aprendizagem e crescimento, um espaço de socialização com os pares e treino da separação do pai/mãe. Promove as competências sociais e intelectuais chave, através da arte, da exploração da ciência, de jogos em grupo e muito mais.

A nossa preocupação é desenvolver competências frequentemente esquecidas, mas que são competências essenciais, que segundo os especialistas a criança precisa de desenvolver antes de poder adquirir outros conhecimentos no decorrer do seu percurso escolar.

As 7 competências-chave

As sete competências-chave trabalhadas neste programa são: auto-controlo, capacidade para estabelecer relações, intencionalidade, cooperação, curiosidade, auto-confiança e capacidade para comunicar.

1. Auto-controlo

A capacidade para adaptar e controlar as próprias ações de acordo com a idade; a noção de controlo interno. O auto-controlo é essencial para o sucesso escolar, uma vez que ajuda a criança a lidar com a frustração e desapontamento, cumprir as regras da sala de aula, resolver conflitos com os pares, partilhar e aguardar a sua vez.

2. A capacidade para estabelecer relações descreve as ligações emocionais que as crianças desenvolvem com os seus pares e que é baseada na confiança e na intimidade. Através do estabelecimento de relações, as crianças começam a conhecer-se a si próprias e também aos outros. O estabelecimento de uma relação saudável e satisfatória com outras pessoas (crianças e adultos) é essencial para o sucesso escolar e para o sucesso na vida.

3. Intencionalidade

O desejo de ter impacto ou de atingir uma meta, e a determinação para agir de encontro a esse desejo através da persistência dos atos e/ou comunicação. Esta competência em trabalhar nos seus objetivos permite desenvolver novos conceitos e alcançar com maior facilidade o sucesso escolar e pessoal.

4. Cooperação

Competência para equilibrar as suas necessidades e vontades com as dos outros numa atividade de grupo. A cooperação ajuda as crianças a serem bem sucedidas na sala de aula, à medida que vão sendo capazes de trabalhar em grupos, construir relações com os professores e com os colegas, e a resolver conflitos.

5. A curiosidade é um sentimento pelo qual descobrir coisas novas é positivo e conduz ao prazer. A criança sente-se ansiosa por explorar e descobrir por ela própria. Uma criança que é mais curiosa é uma criança que aprende mais. A curiosidade é um dos segredos do sucesso escolar uma vez que dirige o interesse da criança à aprendizagem, à descoberta e a novos desafios.

6. A auto-confiança é uma crença na nossa capacidade para gerir o nosso corpo, o nosso comportamento e os vários desafios que vamos encontrando ao longo da vida. Uma criança confiante, ultrapassa mais facilmente os obstáculos e é um caminho aberto para o sucesso. Os adultos têm um papel importante na construção desta auto-confiança, ao nível do suporte e apoio das várias conquistas das crianças, no seu desenvolvimento.

7. A capacidade para comunicar é a uma capacidade para trocar ideias, sentimentos e conceitos, com os outros, de forma verbal ou de outras formas. Esta competência está relacionada com a capacidade de confiar nos outros e de interagir com as pessoas, incluindo os adultos.

AULAS DE PREPARAÇÃO PARA A ESCOLA

Desenvolver as competências emocionais e intelectuais, consideradas chave para a escola e também para a vida, com as nossas aulas especialmente desenhadas para crianças desde a aquisição da marcha aos 5 anos.

As atividades vão ajudar a desenvolver a confiança, curiosidade, comunicação, perseverança e cooperação, construindo os pilares necessários para a aprendizagem e um percurso escolar de sucesso.

O seu envolvimento continuará a ser crucial para o sucesso do seu filho, nomeadamente no momento em que se despede quando a criança vai para a aula e no momento do reencontro.

Quer esteja à procura de uma transição para o ensino pré-escolar, quer um suplemento a este nível de ensino, ou mesmo transformar esta oportunidade na única experiência de ensino pré-escolar do seu filho, o Gymboree oferece um papel único preparando-o a si e ao seu filho para as experiências futuras escolares. Estas aulas podem ser a alternativa à creche ou ao jardim de infância, que procura.

O QUE PODEM ESPERAR EM SCHOOL SKILLS?

Cada aula inclui uma enorme variedade de atividades que encorajam a interação de pares, promovem a cooperação, a curiosidade e a comunicação. Estas experiências em grupo ajudarão a criança a desenvolver capacidades para seguir direções, aguardar a sua vez e desenvolver auto-confiança para apreender.

O QUE INCLUEM?

– Artes
– Experiências de Ciência
– Atividades Físicas
– Leitura de histórias,
– Atividades de pré-escrita  – “brincar com as letras”
– Descobrir os números
Esta semana construímos, em equipa, uma casa e foi tão divertido enquanto aprendemos a esperar pela nossa vez! Era notória a felicidade e o entusiasmo com que mostravam aos adultos, que tinham acabado de chegar, a sua obra conjunta.

 

“Eu estou na piscina!”

 

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“Aqui é a porta!”

 

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“Também tem uma ponte!”

 

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Estas foram algumas das frases que podíamos ouvir por parte dos nossos pequenotes que, tão alegre e orgulhosamente, contavam o que tinham feito! Venha conhecer o que o seu filho pode também construir! A sua auto-confiança e a forma como se vê a si próprio podem ser estimulados em grupo e em partilha num contexto de diversão!

 

Acreditamos poder ajudá-lo a preparar o seu filho para esta nova e entusiasmante fase da sua vida.

Marque agora a sua aula experimental e venham brincar connosco!
Contacte o Gymboree da sua zona e informe-se dos horários e disponibilidade de vagas para as turmas de School Skills.
aulas brincar repetir crianças

Como é que as crianças aprendem no Gymboree? Nós explicamos tudo!

Sabemos que é pela repetição que as crianças aprendem. E nas aulas assim é também.

Nas aulas para crianças do Gymboree existem partes da aula que se repetem semana após semana e que, ao mesmo tempo, são únicas de um determinado nível.

Atividades como o “tummy time” ou hora da barriguinha, o futebol dos bebés, empurrar o airlog (o que é o airlog?), pôr as mãos na cabeça quando a música pára, andar em cima dos colchões trapalhões, adivinhar o que está dentro do saco ou ouvir uma história são exemplos desses momentos que permitem à criança ter uma experiência única nesse nível de desenvolvimento em que se encontra.

Aula após aula, a criança vai reconhecendo esses momentos, sabendo como agir, vai-se sentindo mais confiante e dando sinais da sua capacidade de memória.

A importância da socialização

Essas atividades tornam-se favoritas das crianças e os pais vão-se dando conta da crescente competência da criança e da sua familiaridade com atividade.
É também uma atividade de grupo, pelo que as crianças podem socializar, observar-se uns aos outros e assim também aprender mais e melhor.
Este sentido de pertença a um grupo com o qual nos identificamos e partilhamos momentos felizes é uma necessidade básica do género humano.
A socialização no bebé começa na troca de olhares com a sua mãe, nos primeiros sorrisos e brincadeiras de cu-cu. Sabia o quanto essas brincadeiras simples de interacção entre pais e filhos são importantes para o desenvolvimento harmonioso da criança? Confira aqui neste vídeo:

Veja também: Vamos ser pequenos cientistas

Para a criança é uma vitória, sente-se capaz, auto-confiante e os pais ficam todos orgulhosos dos seus pequeninos!

Repetir a divertir nunca é demais!

Texto: Carolina Canto, professora Sénior do Gymboree | Foto: Ben White on Unsplash

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Quer saber mais? Marque já a sua aula grátis!

crianças bondosas

5 Dicas para educar crianças bondosas

Pesquisadores da Harvard University dão 5 dicas de como educar crianças bondosas.

O objectivo final e maior de todos os educadores, pais e familiares é criar crianças que se tornem no futuro em adultos bem sucedidos e felizes no futuro, correcto?

Segundo as orientações dos pesquisadores de Harvard há uma formula de sucesso: ensine as crianças desde cedo a serem pessoas bondosas e altruístas.

Não só é realmente a acção certa como humanos e como parte activa da sociedade ao educarmos e instruirmos as crianças mas é também fundamental para que eles desenvolvam relacionamentos saudáveis – uma das maiores fontes de felicidade dos seres humanos – e saibam interagir na sua vida pessoal futura de adultos assim como no trabalho. O sucesso depende mais do que nunca de se saber colaborar com os outros e crianças empáticas e socialmente conscientes colaboram mais e como tal estão mais propensas a atingir o sucesso profissional e interpessoal e serem felizes ao longo da sua vida.

1) Passe tempo com seus filhos
ce1Esta é a base de tudo…

As crianças aprendem a se importar e respeitar o próximo quando elas são tratadas com respeito e amor. Converse, faça perguntas, escute as respostas com interesse, planeie coisas divertidas e originais para fazerem juntos, leia livros na hora de dormir. Uma criança que se sente amada já tem meio caminho andado.

2) Dê o exemplo… Ainda é a melhor maneira de ensinar.
ce2As crianças aprendem a ter comportamentos éticos e morais observando o comportamento dos pais e de outros adultos que elas respeitam. Preste atenção em você mesmo. Comporta-se da maneira honesta, ética e generosa que deseja ver nas suas crianças? Está a tentar resolver seus próprios conflitos com tranquilidade? Claro que ninguém é perfeito todo o tempo e por isso é que é tão importante dar o exemplo também reconhecendo erros, sendo humilde e avaliando nosso próprio comportamento. Errou? Admita e procure melhorar.

3) Fale em alto e bom som que generosidade e valores éticos são importantes.
ce3Apesar de muitos pais falarem que isso é uma prioridade muitas crianças não estão a escutar. As crianças precisam escutar em alto e bom som que a felicidade dos outros é tão importante como a nossa, que a gente tem que fazer as ações e opções certas mesmo quando é mais difícil, que temos que honrar nossos compromissos, ser justos. Encoraje seus filhos a tomarem decisões sob a luz da ética e do respeito ao próximo. E claro, acima de tudo ensine dando o exemplo.

4) Crie oportunidades para que as crianças pratiquem a gratidão.
ce4Gratidão é a palavra da vez para quem procura a felicidade. Vários estudos mostram que quem reconhece as coisas boas da vida é muito mais feliz. Mas o músculo da gratidão tem que ser exercitado para ficar forte. Encoraje as crianças a expressarem gratidão: obrigada por aquela professora carinhosa, obrigada pela ida ao parque com os Avós , obrigada por aquela comidinha especial, obrigada por ter me ajudado com o dever de casa. Exercite o seu músculo da gratidão assim  como o deles em cada oportunidade.

5) Ensine-os a verem além do próprio mundo.
ce5A maioria das crianças se importa com sua família e com seus amigos. O grande desafio é fazer com que desenvolvam empatia em relação a alguém fora do seu círculo social, o aluno novo da classe, alguém que não fala a sua língua, o auxiliar da escola, alguém que mora num país muito distante. Ajude o seu filho a dar o “zoom out” no mundo. Converse sobre notícias, sobre as dificuldades de pessoas que moram longe. Ou apenas converse sobre pessoas diferentes de vocês. Isso já ajuda as crianças a entenderem que o mundo é muito mais do que o que está à vista e se pode ver ali na hora e no momento – excelente capacidade para se desenvolver em uma realidade tão globalizada.

(Adaptado do artigo da Revista Pazes e do Estudo da Harvard University.)

Gostaria de expandir este assunto? Recomendamos este artigo de uma mãe de 6

Já conhece a Playlab Academy?

Recomendamos também os seguintes recursos

“Da conjugalidade à parentalidade…” por Mª Teresa Ribeiro

Quando uma mulher e um homem se amam, desejar um(a) filho(a) é o que há de mais natural.

‘ Ser mãe ’ e ‘ser pai’ é, para muitos, a experiência existencial mais profunda da sua vida, assinalando no processo evolutivo familiar uma mudança normativa: a transição da conjugalidade para a parentalidade.

Maternidade e Paternidade como um encontro – um encontro especial, com contornos únicos, cada um aprendendo o que é “ ser mãe ”, “ser pai” e “ser filho”.

Maternidade e Paternidade como um processo – mais do que acontecimentos e embora com durações temporais diferentes, gravidez, maternidade e paternidade são processos. Do ponto de vista psicológico são processos dinâmicos de construção e desenvolvimento.

A maternidade/paternidade é um processo que ultrapassa a gravidez… é um projecto para toda a vida. À maneira de um tecido que se vai tecendo, entrelaçando fios, fazendo, e por vezes desfazendo, nós e laços, com linhas de cores e espessuras diferentes… Neste processo também se dá o estabelecimento de novas relações de parentesco na família extensa constituindo um salto geracional – tornar-se “avós”, tornar-se “tios”, tornar-se “primos”.

De díade a tríade… Com o nascimento do primeiro filho, marido e mulher têm que desenvolver novos papéis enquanto pai e mãe – vão enfrentar muitas exigências na educação dos filhos, que põem à prova a sua paciência, união, auto-estima e criatividade, individual e como casal, na resolução de novos desafios. Desafios à capacidade de se dar, de se descentrar de si próprios. Este desafios – como encontro e como processo ao longo da vida – para algumas mães e pais são preponderantemente entendidos como responsabilidade de ter alguém completamente dependente de si.

Para outras mães e pais têm, também, tonalidades muito positivas, permitindo-lhes pensar na realização pessoal sob a forma de dom e de dádiva. Ser mãe e ser pai é apostar na confiança, é afirmar a vida, é uma Esperança… é um valor social eminente. É fundamental, neste processo de parentalidade, continuar a “acarinhar” o casal.

Veja mais sobre os desafios da Parentalidade neste vídeo do programa Eusinto.me da Ordem dos Psicólogos Portugueses. 

Drª Maria Teresa Ribeiro, Docente na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa

Brincadeiras de Outono para Principezinh@s 6

Brincadeiras de Outono para [email protected]

Brincadeiras e Desenvolvimento

– Foi o tempo que tu dedicaste à tua rosa que fez com que ela seja tão importante.

– Foi o tempo que eu dediquei à minha rosa… – repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
In Principezinho, Antoine de Saint-Exupéry

O Despertar dos sentidos

A estimulação sensorial promove o desenvolvimento do cérebro. À nascença o tato parece ser o sentido mais desenvolvido e aquele que amadurece mais depressa. Contrariamente, a visão parece ser o sentido menos desenvolvido do recém-nascido. Contudo, nos primeiros meses de vida assiste-se a um rápido desenvolvimento da competência visual do bebé, que rapidamente demonstra capacidade para seguir um objeto em movimento com o olhar, bem como para discriminar as cores.

Veja aqui mais brincadeiras sensoriais dos 0 aos 5 anos.

Os sentidos são, portanto, fonte de informação sobre o mundo, fonte de conhecimento sobre o próprio e os outros, fonte de aprendizagem e descoberta.
Para começar a gatinhar ou andar, uma criança não precisa de ser ensinada. Ela anseia por espaço e oportunidades estimulantes que lhe permitam experimentar, tentar, descobrir. O sucesso conduzirá à autoconfiança e esta impulsionará novos processos de descoberta.
O desenvolvimento da rede neuronal necessária às aprendizagens futuras ocorre comprovadamente com maior facilidade nos primeiros anos de vida. Assim, é neste período privilegiado que o terreno da aprendizagem está mais fértil e mais recetivo para ser semeado e carinhosamente regado. As flores deste jardim: ganhos motores, cognitivos, sociais e emocionais. Chaves mestras das portas do futuro. Os jardineiros destes jardins? Mães, pais e todos os outros adultos que são significativos na vida do bebé.

É por tudo isto que o contexto envolvente de um bebé ou criança deve, tanto quanto possível, ser apelativo, interessante e encorajador uma vez que o potencial de desenvolvimento do ser humano é fortemente influenciado e moldado pelo ambiente envolvente.

Enquanto o vento sopra e o Outono vai chegando, o Gymboree deixa-lhe algumas gotas de inspiração para regar todos os sentidos das “suas flores”, enquanto estão em casa…

Um fio de lã que aquece o coração no Outono…

Brincadeiras de Outono para Principezinh@s 7

Acorde o seu Principezinho oferecendo-lhe uma brincadeira divertida para começar o dia. Dê-lhe a ponta de um novelo de lã (que previamente desenrolou passando por diferentes zonas da casa) e explique a sua missão: seguir o novelo de lã, enrolando-o, e descobrir o tesouro! O novelo oferecerá um desafio à motricidade fina, enquanto a criança o vai recolhendo. O novelo proporcionará um desafio motor, pois a criança poderá ter de ultrapassar obstáculos, como passar por baixo de uma mesa, subir ao sofá, passar entre dois vasos. O novelo ajudará a criança a desenvolver a linguagem, pois poderão conversar sobre as várias divisões da casa, nomeadamente o nome do mobiliário ou objetos existentes e sobre tarefas lá realizadas. A criança irá sentir-se curiosa e a curiosidade é essencial à motivação para a aprendizagem! O tesouro? A roupa a vestir naquele dia, um pequeno-almoço especial, um livro… O que lhe sugere a sua imaginação?

Histórias e historietas

Semeie o imaginário do seu Principezinho com histórias e historietas. A ideia de contar uma história a um bebé, que não consegue compreender
plenamente aquilo que lhe está ser dito, parece-lhe desajustada? No Gymboree todos acreditam que nunca é cedo de mais para começar a ler ou
contar histórias. Os bebés adoram percepcionar variações no tom, no volume e na velocidade do discurso que escutam. Observam, atenta e
curiosamente, cada expressão facial que os adultos fazem enquanto falam com eles. Quando crescem adoram repetir com entusiasmo o que ouvem e
comentar o que se passa na história que escutam.

Com a chegada do Outono aproveite para espreitar estes livros para estimular a linguagem e a criatividade do seu Principezinho.

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Esta é uma sugestão de livro inspirado na pedagogia Montessori:


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Finjam ser uma Sinfonia!

Selecione alguns dos instrumentos que tem em casa e experimentem tocá-los, acompanhando as vossas músicas preferidas. Caso não tenha em casa instrumentos musicais, ouçam a música e converse com o seu filho sobre os diferentes instrumentos que estão a ouvir. Modele como poderão fingir tocar esses instrumentos. Em seguida, ponha de novo a música a tocar e “no ar” toquem os diferentes instrumentos que ouvem.
Aproveite os encontros familiares para alargar a brincadeira a todas as crianças da família.
Esta atividade estimula o desenvolvimento cognitivo, dando à criança a possibilidade de aprender um pouco mais sobre alguns instrumentos musicais, através da escuta ativa e da imitação.Brincadeiras de Outono para Principezinh@s 9

Experimentem ainda adicionar o som de alguns elementos outonais, como folhas secas, pinhas, castanhas, paus. Utilizem esses elementos para construir novos instrumentos musicais e descobrir os sons que conseguem produzir.

Quem vivia na Quinta?

Em casa reúnam diferentes protótipos de animais e imitem os sons de cada um deles. Depois cantem a música “O tio Manel tinha uma quinta” dando vida a cada um dos animais protagonistas dos diferentes versos. Esta canção contém todos os ingredientes para entrar na lista de favoritos do Principezinho: um padrão que se repete (I-A-I-A-O) e animais que falam!

Poças de água em casa!

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Saltar de galochas nos pés em cima das poças de água que se formam num dia de chuva pode ser muito divertido…

E que tal levar as poças de água até casa? Recorte de forma irregular algumas folhas de papel e, para tornar a brincadeira mais realista, desenhe nelas alguns salpicos de água. Depois, cole com fita-cola as folhas no chão, numa zona ampla da casa onde a criança possa saltar em segurança. Galochas, casaco
e gorro… Equipem-se, simbolicamente ou verdadeiramente, para um divertido dia de chuva! Depois, ao som de música animada saltem de poça em poça. SPLASH!

Quadro Familiar com cores de Outono

Material: tinta lavável (cores quentes de outono), água, prato, pincel, folha de papel branca, cartolina colorida, cola

Artistas: mãe, pai, filhos (e porque não, o cão ou gato da família?)

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A primeira tarefa será diluir a tinta com a água, misturando com o pincel. Esta é uma atividade na qual as crianças a partir do ano e meio adoram ajudar. Depois, e para servir de modelo à criança, introduza a sua mão na tinta e coloque-a depois no papel em branco. O prato passará por todos e na folha branca surgirá a impressão das mãos de todos. Para que cada quadro seja realmente único poderão surgir variações: usar uma cor ou várias cores misturadas, poderão optar pelas cores de Outono, as mãos surgirem aleatoriamente na folha ou ordenadas segundo o tamanho ou, em vez de mãos, poderão usar os pés como molde. Depois de seca, a obra de arte poderá ser colada e enquadrada numa cartolina colorida.
Família e amigos irão adorar receber estes originais quadros feitos em família.

Receita de Outono do Principezinho

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Material: prato de papel, cola, diferentes materiais naturais (folhas, sementes, flores, pequenos ramos…)

Artistas: mãe, pai, filhos

Em conjunto criem um quadro da natureza, colando diferentes elementos naturais (que podem recolher em conjunto num passeio pelo campo) no prato de papel. Em seguida elejam o prato preferido da criança ou da família e escreva numa folha de papel a referida receita, que depois colarão no verso do prato.
Família e amigos irão ficar satisfeitos por descobrir o prato culinário preferido da família.

Em qualquer uma das sugestões, será benéfico que sejam as crianças o foco do processo artístico. Oiça as suas opiniões, respeite as suas escolhas, elogie as suas conquistas. E, acima de tudo, divirtam-se na partilha das criações artísticas.

Cada dia que nasce é uma oportunidade para descobrir atividades que o seu Principezinho gosta de realizar e com as quais estará a crescer.

Contamos poder ser uma fonte de ideias. Amplifique as ideias, siga o interesse da criança e criem, em conjunto, as vossas próprias aventuras do desenvolvimento.

Um Outono muito divertido para todos!

 

crianças música música na infância

Porque brincar é mais que brincadeira

Porque Brincar é mais que Brincadeira

Brincar é uma atividade natural da criança e é a maneira por excelência que ela usa para conhecer o mundo à sua volta, os outros e a si mesma.

Brincar traz inúmeros benefícios para o desenvolvimento da criança, permite à criança desenvolver as suas competências físicas, cognitivas, sociais e emocionais.

Enquanto brinca, a criança está a explorar o mundo em redor e a desafiar as suas capacidades. Quando brinca, a criança pode revelar os tesouros que tem em si e o adulto ajuda esse tesouro a brilhar incentivando, encorajando e partilhando momentos de brincadeira.

É importante essa exploração livre e descoberta do meio envolvente com um risco controlado, com a presença e supervisão do adulto sempre que  necessário. É importante a criança aprender a lidar com o risco enquanto brinca para que desenvolva mais as suas habilidades motoras e outras socio-emocionais como a confiança, a perseverança e a capacidade de resolução de problemas.

Segundo o Professor Carlos Neto é urgente libertar as crianças.

O acto de brincar é considerado um momento muito benéfico para o desenvolvimento global da criança, nomeadamente das capacidades físicas e sociais.

Diferentes brincadeiras para diferentes etapas de desenvolvimento

É importante escolhermos as brincadeiras e também os brinquedos mais adequados para as diferentes idades, com o propósito de acompanhar as diferentes necessidades e interesses que a criança vai revelando ao longo do seu desenvolvimento.

A brincar, a brincar… a criança desenvolve-se, cresce feliz, segura e confiante.

Lembre-se de seguir o interesse da criança, esteja perto dela para observar onde esse interesse a leve e deixe-se guiar pelos seus sinais, gestos e ideias criativas!

Aproveite os momentos de brincadeira para conversar e cantar, descrevendo o que estão a fazer, nomeando os objectos que estão a usar, as partes do corpo envolvidas no movimento, que ações estão a fazer? Saltar, andar, subir, descer…?

 Tudo se torna muito mais fácil e apelativo quando se acompanham as brincadeiras com música!

 O seu pequenote vai desenvolvendo progressivamente representações mentais das músicas, bem como das várias brincadeiras ou jogos desenvolvidos.

É importante referir que os pais ou outro familiar próximo da criança constituem um modelo para ela. Verifica-se muitas vezes que os bebés observam atentamente a expressão facial ou a linguagem corporal dos adultos para saberem se algo é divertido ou seguro. Através deste processo de observação social as crianças vão adquirindo aprendizagens que irão ser fundamentais para o desenvolvimento futuro da criança.

É por isso que as nossas aulas no Gymboree valorizam tanto a sua presença e do seu bebé, pois acreditamos que juntos podemos obter resultados incríveis e surpreendentes…Se ainda não experimentou as nossas aulas venha experimentar!

https://youtu.be/Skz2ZaYRVOU

A partir do nascimento

Quando o bebé nasce, o conforto e tranquilidade do meio envolvente são muito importantes para a adaptação do bebé a este mundo novo.

 O Ursinho boa noite da Chicco vem ajudar nessa adaptação, que se quer suave.

Projeção e música

Criar pequenos rituais que marcam diferentes momentos do dia ajudarão o bebé a adaptar-se aos poucos ao ritmo do dia-a-dia.

Embalar o bebé ao som de uma música tranquila, ajuda a acalmar o bebé e pode ser um momento do final do dia. . O bebé vai aprender a reconhecer aquela música e luzes e associá-la ao momento de dormir.
Ter o ursinho junto ao berço do bebé para que ele o possa ver, ouvir e tocar-lhe também (com a ajuda do adulto). Aos poucos esse ursinho tornar-se-á familiar para o bebé, tornando-se um companheiro fiel no seu quarto, nos momentos de relaxar e descansar.

 

A partir dos 6 meses

Brincar com a natureza

Recolham alguns elementos da natureza, como folhas de diferentes árvores, pequenos galhos, pinhas, caruma.

Acompanhe as crianças mais novas na exploração táctil dos diferentes elementos e converse com elas sobre as suas características. E divirtam-se a usar as folhas como chapéus e as pinhas como bolas.

Convide as crianças mais velhas a contar e a agrupar os diferentes itens, ao mesmo tempo que incentiva a partilha e a descoberta das semelhanças e diferenças entre os vários elementos.

 

A nova linha Eco+ da Chicco é uma nova linha de brinquedos produzida em materiais reciclados e com embalagens recicláveis, que vem despertar nas crianças desde cedo o gosto pela natureza e carinho pelo nosso planeta.

Chicco Balansujące kamienie Stone Balance piramida : Humbi.pl

As Pedras empilháveis ECO com pequenos desenhos em relevo são boas para a estimulação táctil dos bebés e para fazer construções.

Os Copos empilháveis 2 em 1 ECO  permitem fazer torres, esconder e encontrar objetos (esconder as pedras empilháveis por exemplo), brincar com água – encher/esvaziar – e assim desenvolver a motricidade fina.

A Bola transformável 2 em  1 ECO permite a criança explorar livremente e construir o que quiser, desenvolvendo a sua criatividade.

 

A partir dos 10 meses

 

CAMINHO TÁCTIL

Para os bebés que gatinham: Fazer um percurso tátil com algumas almofadas e mantas e esconder objetos do interesse do bebé.

Poderão usar as formas geométricas do tapete 4 estações da Chicco para esconder ao longo do percurso. Depois de as encontrarem poderão encaixar nos respetivos espaços da flor luminosa desse tapete. Os círculos do tapete 4 estações da Chicco podem ser usados para aumentar o percurso e torná-lo mais desafiante, visto que podem assumir diferentes composições com ajuda dos velcros.

O bebé que já anda pode fazer o caminho de pé e as crianças mais crescidas vão gostar de saltar por cima das almofadas como um sapo, ou experimentar andar só com um pé em cima do percurso, andar para trás, levar uma forma geométrica na mão ou em cima da cabeça para no final encaixar na flor do tapete.

Porque brincar é mais que brincadeira 13

Podem ainda acrescentar o Ginásio Cresce e Caminha da Chicco ao percurso táctil, sendo que este brinquedo tão versátil acompanha o crescimento do bebé desde os 3 meses.

3m+: usar diferentes texturas, como algodão, um lenço suave, uma esponja para tocar em diferentes partes do corpo do bebé, de forma a desenvolver a consciência corporal e consciência táctil. Também podemos pendurar objetos no arco para o bebé tentar alcançar. Colocar o bebé de barriga para baixo, incentivando o bebé a elevar a sua cabeça e estimular os músculos das costas e pescoço.

6m+: Usar o brinquedo como um túnel e passar por baixo. O bebé que não gatinha pode ser deslizado numa manta ou tapete para passar por baixo do arco. Colocar o bebé sentado apoiado por almofadas sempre que necessário em frente da mesa interativa.

10 m+: Empurrar – estimula a força nos membros superiores e inferiores. Amparar o andamento do bebé, repetindo a cantar: “Empurrar, empurrar, vamos empurrar…”, incentivar e elogiar : “Boa, tu consegues!”

Primeiros passos dos 9 aos 12 meses

A partir dos 12 meses

Na faixa etária do 1º ano idade temos algumas opções que ajudam a criança a desenvolver diferentes capacidades:

Percurso de obstáculos, descobrir conceitos opostos, descobrir os sons dos animais e imitar.

Procurar o tesouro

Esconda um objeto especial na área de brincadeira do seu filho e veja se ele o consegue encontrar. Inicialmente, esconda o objeto num lugar plano e depois, à medida que as competências de resolução de problemas da criança se tornam mais sofisticadas, aumente gradualmente a dificuldade da caça ao tesouro!

– esconder as bolas da tartaruga efeito surpresa da Chicco e ir procurar pela sala. Depois encontrar e colocar na tartaruga. Fazer a contagem.

Chicco Tartaruga Efeito Surpresa

A banda dos Piratas

Convide o seu filho a bater num alguidar de plástico enquanto lhe vai dando pistas para parar e continuar. Quando ele já dominar o procedimento, experimente dar pistas sob a forma de um som – como um assobio ou palmas – um para avançar e dois para parar.

Ponte suspensa na ilha

Faça, no chão, uma linha com um metro de comprimento, usando fita adesiva. Comece por segurar a mão da criança enquanto ela anda ao longo da “barra”. Depois, encoraje-a a experimentar sozinha.

Desafie mais as habilidade de equilíbrio da sua criança com a minha primeira bicicleta da Chicco.

Porque brincar é mais que brincadeira 14

Boas brincadeiras dentro e fora de casa!

Contem-nos, quais as vossas brincadeiras favoritas?

E têm brinquedos preferidos?

Visite a TWINKL para mais recursos.

 

Mamã, tenho medo do escuro! [10 dicas para afastar o medo] 15

Mamã, tenho medo do escuro! [10 dicas para afastar o medo]

O seu filho, sempre tão corajoso durante o dia, queixa-se com medo do escuro à noite? Como afastar este medo do seu coraçãozinho assustado?

Sabemos que, eventualmente, já tenha sido há muito tempo… mas também deve ter sentido medo do escuro. Este medo é perfeitamente normal mas é preciso distingui-lo, consoante a idade das crianças.

Nas crianças entre 1 ano e meio e os 3 anos é um medo primário, arcaico e visceral. Nas crianças entre os 4 anos e os 10 anos, o medo já é um pouco mais complexo. Entendamos as diferenças!

Nas crianças entre 1 ano e meio e os 3 anos

O medo do escuro está muito associado a medos muito específicos. Temos o exemplo do Lobo Mau. Nesta idade, a criança tem um medo real de ser devorada. Está mesmo convencida que animais ferozes se escondem atrás das cortinas. Este seu medo está muito associado ao medo do vazio debaixo da cama e à sua cama.

Por isso, nem sequer se atreve a colocar um braço a pender fora da cama. Só de imaginar que tem de percorrer um caminho longo e escuro até à casa de banho, pode chegar a fazer xixi na cama.

Nas crianças entre os 4 anos e os 10 anos

Nesta idade, descortinar o medo do escuro já é mais complexo. Eis algumas razões pelas quais esse medo ainda persiste:

  • Há um medo perante o desconhecido (Com luz, nada se vê. Sem luz, podem aparecer feiticeiras, ladrões e até velhas esquisitas!)
  • Angústia a nível escolar (Não sentir que está à altura dos desafios apresentados diariamente, por exemplo. Ou a presença de colegas mais fortes durante o recreio)
  • Questões existenciais angustiantes (O que se passa depois de adormecermos? E se não voltar a acordar?)

Como ajudar o seu filho?

1 – Peça para partilhar consigo o seu medo. Se ele não conseguir, peça para lhe fazer um desenho.

2 – Pode comprar uma luz de presença, para que a criança se sinta “acompanhada”.

3 – Compre um ou mais livros sobre esta temática. Com a leitura, a criança vai aperceber-se que é um medo amplamente partilhado. E assim, ela ficará muito mais tranquila.

A Fnac sugere estes 7 livros.

4 –  Ter um companheiro de peluche pode ajudar a criança a sentir-se mais calma. Ou um objeto mais defensivo, ao estilo cavaleiro, como por exemplo, uma régua ou uma espada de plástico. 

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5 – Dar um longo e sentido abraço.

6 – Fazer uma última ronda ao quarto antes de se deitar para garantir que não há nada de estranho ou assustador debaixo da cama, dentro dos armários ou atrás dos cortinados.

7- Usar uma lanterna para fazer uma caça ao tesouro no quarto escurecido. Esconda alguns brinquedos da criança para juntos os encontrarem.

8- Fazer jogos de sombras com as mãos na parede do quarto.

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9 – Fazer uma mini-discoteca no quarto escurecido com umas luzes coloridas e música do gosto da criança. Dancem muito e espantem os medos!

10 – Porque o medo se veste de preto, vamos dar-lhe cor. Fazer um desenho num papel preto, dando cor ao que era escuro, transformando o medo do escuro em algo mais luminoso, colorido e quem sabe divertido. A criança tem medo de animais grandes, monstruosos e assustadores? Por que não desenhá-los com roupas às riscas, bolinhas e muitos folhos, com uns óculos e um chapéu de festa, pendurados nuns  balões a voar para muito muito longe?!

Sem desvalorizar esse medo sentido pela criança pode introduzir alguma piada e elementos divertidos para se rirem dessa causa do medo, por exemplo, os monstros. O objetivo é torná-los mais pequenos aos olhos da criança e fazê-la sentir no controlo, como se pudesse mandar nesses monstros, e assim a criança sente-se mais segura.

Para além do medo do escuro, existem outros que surgem à medida que a criança cresce. Quando as crianças têm medos, o melhor é ajudá-las a compreender esses medos.

Aqui pode ver mais formas de ajudar a criança a superar os seus medos: https://uptokids.pt/opiniao/medos-na-infancia-o-que-podemos-fazer-para-ajudar/

Aí por casa, os pequenos sentem medo?  Como os têm ajudado a lidar com isso?

 

Como educar uma criança? 18

Como educar uma criança?

EDUCAR

“É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança.”
Provérbio Africano

Serão pai e mãe igualmente capazes de responder de forma adequada a todas as necessidades de uma criança? De facto, pai e mãe são igualmente capazes de o fazer, sendo a personalidade e o comportamento educativo dos pais determinantes para o desenvolvimento cognitivo, social e afectivo e, em última instância, para o bem‐estar pessoal e o sucesso dos filhos.

A Família como centro da educação

As relações entre pais e filhos são espaços privilegiados para as crianças aprenderem os primeiros passos em domínios como a comunicação, relacionamento interpessoal, linguagem, relacionamento afectivo, atitudes e crenças.
Das interações pais‐filhos surgem diferentes formas de educar e diferentes formas de ser. Em 1971, Baumerind identificou três estilos parentais, que refletem distintas considerações sobre áreas centrais da educação, como a comunicação, o controlo, a afetividade e as exigências relativas à autonomia. Assim, cada estilo parental traduz diferentes atitudes, crenças e comportamentos dos pais perante a educação dos filhos sendo possível encontrar, mesmo no seio do próprio casal, diferenças nas práticas educativas.

Estilos Parentais

Alguns pais optam por controlar os filhos através do poder e do medo, impondo regras rígidas e recorrendo frequentemente à força e à ameaça para as fazer cumprir. São pouco afetuosos e pouco atentos face às necessidades da criança, podendo por vezes delegar‐lhe responsabilidades que não se adequam ao seu nível de desenvolvimento. Estes pais enquadram‐se num estilo parental autoritário.
Outros há que, apesar de estabelecerem uma relação razoavelmente afetuosa com os filhos, não definem regras, limites ou estrutura, abdicando totalmente do poder. Estes pais parecem ausentes ou pouco interessados nos filhos, considerando não ter um papel ativo, nem responsabilidade, no comportamento dos mesmos. Estamos, neste caso, perante um estilo parental permissivo.
A investigação tem demonstrado que o estilo de educação mais eficaz é o estilo democrático ou autoritativo, porque embora a mãe e o pai sejam detentores de poder, partilham‐no com os filhos. Este estilo conjuga a autonomia com o afeto. Estes pais valorizam a disciplina, impondo limites razoáveis, apresentados de forma consistente. Além disso, proporcionam um ambiente estimulante, tendo expectativas apropriadas relativamente ao comportamento da criança.

educar com limites

Os estilos parentais e as competências que a criança desenvolve

Os estilos parentais parecem influenciar a maneira de ser e estar das crianças e as suas competências para lidar com o mundo que as rodeia. Uma criança educada segundo um estilo autoritário pode não se sentir amada nem merecedora de confiança. A insegurança, dependência, baixa auto‐estima e insatisfação estarão, muito provavelmente, presentes na sua vida. Quando adulta poderá revelar falta de responsabilidade pessoal, sentir‐se inferior, só e desconfiada.
Se for educada segundo um estilo parental permissivo, a criança para além de não se sentir amada nem merecedora de confiança e com baixa auto‐estima, pode sentir‐se ainda confusa, desencorajada, dependente, rejeitada e insegura. Em adulta poderá ter dificuldade em respeitar os sentimentos dos outros, pensar que pode fazer o que lhe apetece e ter pouca consciência de responsabilidade social.
Uma criança educada através de um estilo democrático tende a sentir‐se amada, merecedora de confiança, respeitada, segura, feliz e com elevada auto‐estima. Em adulta tenderá a ser responsável, respeitadora, amiga, disciplinada e determinada.
As diferenças entre pai e mãe na forma de educar os filhos podem levar a que a criança aprenda estratégias diferentes para lidar com cada pai, manipulando o que pode ou não fazer com um ou com outro. A inconsistência das práticas parentais é perturbadora para o desenvolvimento harmonioso da criança, podendo gerar sentimentos de insegurança. A consistência na prática parental é, de facto, fundamental para o bem‐estar de todos.

Ideias que podem contribuir para a harmonia e equilíbrio familiares:
•  Evite conflitos à frente do seu filho originados pelas diferenças entre estilos educativos.
•  Para evitar conflitos, converse antecipadamente com o/a pai/mãe do seu filho sobre os aspetos que considera importantes de forma a delinearem formas de agir em conjunto.
•  Não dispute o poder sobre a educação do seu filho, lembre‐se que ambos os pais podem desempenhar um papel determinante em diferentes situações.
•  Compreenda que algumas situações requerem cedências ou mudanças da sua parte ou da parte do/a pai/mãe do seu filho ou de ambos.
•  Seja flexível.

Educar é um desafio…

Perante o desafio da educação, Harvey Karp, conceituado pediatra americano, salienta, numa das suas obras, cinco razões pelas quais até os “pais perfeitos” (se eles existissem!) sentem dificuldades no seu papel de educadores.
‐ Sentimentos de frustração. Alguns comportamentos da criança frustram e zangam o adulto.
‐ Sentimentos de fracasso. As “batalhas” do dia‐a‐dia poderão fazê‐lo sentir‐se incapaz.
‐ Sussurros do passado. Alguns sentimentos relativos à sua infância poderão estar de volta.
Temperamento. As personalidades de alguns pais e alguns filhos podem entrar em choque.
‐ Estilo de vida moderno. O estilo de vida contemporâneo não foi feito para nos ajudar com os nossos filhos.

Limites… apertados ou soltos?

O estabelecimento de limites é uma forma de guiar a criança pelo labirinto da vida. As paredes poderão ser construídas muito próximas umas das outras e a criança irá deparar‐se com limites rígidos e com bastantes regras para cumprir, ou poderão ser construídas paredes afastadas umas das outras e aí a criança irá encontrar bastante espaço de ação e flexibilidade. Ao crescer a criança ganha maior mobilidade e curiosidade pelo mundo envolvente, empurrando algumas paredes, testando a sua robustez. Consequência? Pais e educadores sentem‐se obrigados a ceder, abrindo algumas portas, facilitando algumas passagens pelo labirinto. Importa não esquecer que os limites ajudam a criança a saber o que esperar de si própria, dos outros e do mundo, transmitem segurança e noção de controlo. Por isso, em resposta às tentativas de derrubar paredes e criar novas portas, a criança ganhará se perceber a melhor forma de seguir o labirinto, ladeada pelas paredes orientadoras, construídas pelos seus pais.

Sabia que pode elogiar sem falar?

Quando se pensa em educação, pensa‐se necessariamente em comportamentos adequados e comportamentos desajustados, ou bons e maus comportamentos, sendo estes os que atormentam os educadores. Mantendo o foco no positivo, naquilo que corre como desejado, pais e educadores poderão reforçar o “bom comportamento”. Ao fazê‐lo, de forma adequada, aumenta‐se a probabilidade de ver esses comportamentos serem repetidos. Existem inúmeras formas de recompensar positivamente um comportamento desejado. Alguns gestos simples e genuínos possuem um poder incomensurável.

O Dr. Karp revela algumas formas de elogiar e recompensar uma criança, sem que seja verbalizada uma única palavra:
‐ Olhar interessado
‐ Sorriso
‐ Festa na cabeça
‐ Abraço
‐ Um sopro no cabelo
‐ Uma “palmadinha” nas costas
‐ Erguer as sobrancelhas como sinal de surpresa agradável
‐ Sinal positivo com o polegar erguido
‐ Hmmmmm e Uau e Uh‐huh…
‐ Piscar o olho
‐ Abanar as mãos ou pedir “mais cinco”
‐ Colar os desenhos da criança na parede

Ao tomar consciência destas questões muitos são os pais que ao olhar para trás se sentem responsáveis ou até desiludidos pela forma como educam os seus filhos. Sendo certo que o princípio que norteia os estilos educativos da generalidade dos pais é o do “melhor para”, nem sempre as coisas resultam no que foi ambicionado, uma vez que, a cada momento, cada criança é uma criança, cada pai é um pai, cada família é uma família e cada sociedade é uma sociedade. Ainda assim, importa salientar que nada é definitivo e, do mesmo modo, a cada momento é possível e desejável que se adquira a consciência e a coragem necessárias para romper com crenças desajustadas, pondo em prática mudanças passíveis de fomentar na criança auto‐estima, confiança e autonomia e, nos pais, um sentimento de competência e segurança, condições fundamentais para o bem‐estar de todos.

Inês Marques