Transforme o Negativo no Positivo (2 aos 3 anos)
Provavelmente a palavra preferida do seu pequenote nesta fase é o “Não”.
Competências em destaque:
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Socialização
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Linguagem
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Noção de limites
A vasta oferta de produtos alimentares industrializados disponível no mercado é, na hora da compra, motivo de angústia para muitas pessoas.
É difícil observar os produtos no meio de tanta diversidade. Com a pressa e a falta de informação, os critérios de escolha são, muitas vezes, as marcas, os preços ou, mesmo que inconscientemente, a forma de exposição dos produtos, que podem ser verdadeiras armadilhas para atrair o consumidor desinformado ou desinteressado. É uma pena saber que as nossas crianças também são alvo destas “armadilhas” e nem sempre têm a alimentação mais saudável.
Nem tudo aquilo que parece é igual e com a ajuda de algumas informações simples podemos diferenciar e escolher um alimento saudável entre outros que são apenas parecidos. As excepções a algumas destas regras gerais podem ser casos de alergias, intolerâncias e necessidades especiais de saúde que deverão sempre ser orientadas pelo pediatra. Comecemos pela apresentação dos alimentos, ou seja, o rótulo, onde constam, entre outras informações importantes, como o “nome”, a sua lista de ingredientes e a sua informação nutricional. Conhece bem os alimentos que compra? Então preste atenção às informações e aos exemplos que seguem.
O Nome ou Denominação de venda é a designação do produto pelo seu nome comum ou uma descrição compreensiva do alimento.
Exemplo: IOGURTE MEIO GORDO AROMATIZADO DE MORANGO ou IOGURTE MEIO GORDO DE MORANGO ou LEITE FERMENTADO COM AROMA DE MORANGO
Aspectos importantes a observar neste campo: produtos diferentes estão disponíveis em embalagens semelhantes. Um exemplo disso são os iogurtes e as sobremesas lácteas, normalmente mais ricas em açúcar e menos ricas em proteínas e cálcio. É importante estar atento para saber se leva mesmo aquilo que pretende.
Na Lista de ingredientes de um produto podemos encontrar todos os seus ingredientes em ordem ponderal decrescente, o que quer dizer que quanto mais abundante um ingrediente, mais à frente da lista ele aparecerá.
Exemplo: Ingredientes: Farinhas 88% (trigo e trigo hidrolisada, cevada, centeio, milho, arroz, milho painço, sorgo, aveia), mel (8,5%), cultura de Bifidobactérias, aromatizante (vanilina).
Aspectos importantes a observar neste campo: Através deste campo podemos comparar alimentos semelhantes e escolher aqueles que têm mais dos ingredientes desejados, por exemplo, cereais, frutas, legumes e leite e menos de ingredientes, regra geral, pouco ou nada desejados, por exemplo, açúcar (sacarose), mel, sal, conservantes (designados pela letra E), aromatizantes artificiais, gordura vegetal hidrogenada, adoçantes (edulcorantes) entre outras substâncias. Para tal, é importante saber o que significa cada um dos nomes ali presentes. Muitas vezes a indústria utiliza sinónimos ou substâncias com efeitos semelhantes àquelas que sabemos ser menos saudáveis.
Não será possível abordá-las todas aqui mas um exemplo disso é o sumo concentrado de uva, utilizado em vez do açúcar para adoçar alimentos e bebidas e cujo efeito acaba por ser semelhante, quer na manutenção do mau hábito do consumo de substâncias doces, quer no excesso calórico que pode representar. Em caso de dúvida, procure informações em livros, em linhas de atendimento ao consumidor ou em sítios de confiança da internet, que podem ser os sítios dos próprios fabricantes.
Mas não é necessário entrar em pânico. É claro que, quanto menos conservantes e aromatizantes tiver um produto, melhor ele pode ser em relação aos demais, mas todas estas substâncias estão regulamentadas e muitas delas são naturais ou semi-naturais e/ou inofensivas, como é o caso da vanilina, citada no exemplo, que é o aroma da baunilha, e do ácido ascórbico, utilizado em muitos sumos, que é a designação para a vitamina C.
Por fim, o campo da Informação Nutricional parece assustar muitos consumidores.
O desconhecimento do público e a grande quantidade de informações presente neste campo podem ser os grandes culpados por esta atitude. Aqui ficamos a conhecer a composição nutricional dos alimentos, ou seja, o seu valor energético e a quantidade de determinados nutrientes nele presente.
Pode ser simples, mencionando apenas o valor energético e o conteúdo em proteínas, hidratos de carbono (ou glícidos) e lípidos (ou gorduras) do alimento, ou pode ser mais completo, mencionando, para além destes dados, por exemplo, os teores de açúcares, lípidos (gorduras) saturados, monoinsaturados, polinsaturados e trans, colesterol, fibras, sódio e outros minerais e algumas vitaminas. Toda esta informação deve vir expressa por 100g ou 100ml do alimento, podendo ainda ser mencionada por dose, quantificada no rótulo, ou porção. Muitos fabricantes fazem ainda menção às percentagens dos Valores Diários de Referência (VDR) e das Doses Diárias Recomendadas (DDR), o que serve para fornecer uma noção de qual a quantidade daquele alimento que pode ser incluída na dieta, sem nunca se esquecer, é claro, da importância de uma dieta variada.
Aspectos importantes a observar neste campo: Também através deste campo podemos comparar alimentos e escolher aqueles com a composição nutricional mais saudável, tendo sempre em conta se os dados estão representados por 100 g, por dose ou por porção. Para isso é necessário saber, de uma forma simples, quais os nutrientes mais e menos desejados e em que quantidades aproximadas.
Relativamente à quantidade de energia necessária às crianças, esta é uma questão muito variável, que depende do sexo, da idade, estatura, peso, grau de actividade física, etapa do desenvolvimento, entre outros factores. O certo é que a criança tem uma capacidade nata de controlar o seu apetite, desde que lhe sejam oferecidos os alimentos qualitativamente adequados. Os pediatras fornecem linhas de orientação bastante adequadas para as refeições e cabe aos cuidadores apenas a escolha e a disponibilização dos alimentos, bem como a criação de um ambiente propício à alimentação, sem interferências e distracções, para que a criança possa desenvolver e usufruir deste seu potencial.
Quanto aos principais nutrientes listados, as proteínas, os hidratos de carbono (glícidos) complexos, as fibras, alguns minerais como o cálcio e as vitaminas são, regra geral, desejáveis e valores superiores podem servir de base para a escolha dos alimentos. Entretanto, é preciso ter algum cuidado com os alimentos ditos enriquecidos.
As principais fontes de vitaminas e minerais devem ser os alimentos in natura, ou seja, o leite, as frutas, os legumes, as leguminosas, a carne, o peixe, os ovos, etc. Salvo algumas excepções, a escolha de produtos industrializados como bolachas, pães, tostas, cereais, iogurtes, papas, queijos, boiões (quando necessários), e até mesmo o leite, não se deve associar a estes nutrientes. Já os hidratos de carbono simples (açúcares), os lípidos (gorduras), o colesterol e alguns minerais como o sódio são, regra geral, menos desejáveis e devemos escolher alimentos com menores quantidades destes nutrientes.
No caso dos lípidos, não devemos privar as crianças destes nutrientes, uma vez que os mesmos transportam as vitaminas A, D, E e K. É por isso que, no que se refere aos lacticínios, os pediatras aconselham os produtos gordos ou meio- gordos, conforme o desenvolvimento da criança. Além disso, ao contrário dos lípidos (gorduras) saturados, que devem ter o seu consumo limitado devido ao aumento do colesterol LDL, e dos lípidos (gorduras) trans, que são completamente indesejáveis, os lípidos (gorduras) polinsaturadas e monoinsaturadas são essenciais para o organismo e são preferíveis aos demais, ainda que em quantidades não muito elevadas devido ao seu alto valor energético.
Parece uma missão impossível, mas com o tempo já terá escolhido os seus produtos de preferência e as novidades serão muito mais facilmente avaliadas. Somente a informação, o bom senso e a prática podem ajudá-lo a ter escolhas diariamente mais responsáveis e acertadas, com benefícios claros e duradouros para a saúde de toda a família.
Gisele Câmara, Nutricionista
Desde o primeiro dia que o bebé se tenta expressar através da comunicação verbal, mesmo para lá do choro. E desde antes de nascer que o bebé ouve esta estranhíssima coisa que é a voz humana e as palavras dos vários idiomas. Ouve tons e sons, timbres e melodias, o canto dos pais.
O bebé recém-nascido ouve os sons que o circundam (que até já ouvia na barriga da sua mãe) e vai começando a aprender a emitir sons. Primeiro apenas sons guturais, aos poucos passa a dissílabos e por volta dos 8-9 meses já consegue dizer fiadas de sílabas.
Entre os 9 e os 12 meses frequentemente diz a primeira palavra e compreende ordens e aos 18 meses tem entre 6 e 26 palavras e percebe muitas mais.
Aos 2 anos junta duas palavras para formar frases e começa a interagir mais com o outro e a linguagem tem um surto de expansão ficando a sua língua mãe consolidada por volta dos 3 anos.
A aprendizagem da linguagem necessita no entanto de treino interactivo. A simples exposição passiva, como a obtida pela exposição à televisão, permite a integração de mapas de sons mas não estimulam a sua utilização ou produção. Seria como dar um livro a uma criança de 3 anos e esperar que do simples acto de o folhear aprendesse espontaneamente a ler.
Estudos recentes mostraram que por cada hora de exposição das crianças à televisão (sobretudo crianças abaixo dos 4 anos), essa criança ouve menos 770 palavras e há uma redução de 15% de episódios de interacção e de estimulação da linguagem causando uma redução proporcional da produção de sons pela criança.
A interacção é fundamental na estimulação da fala e conversar com a criança, partilhar leituras de livros, estimulá-la a comunicar é a melhor forma de optimizar o seu potencial linguístico. Não se esqueça que o tempo que dedica ao seu filho nunca é um tempo perdido e por isso dedique-se sempre que possível a brincar com ele, a conversar e a interagir!
Por Drª Mónica Pinto, Pediatra de Desenvolvimento
As férias são por excelência, o tempo para os nossos pequeninos descansarem do ritmo muitas vezes acelerado da rotina da escola e do trabalho dos pais. É aquela altura do ano em que podemos ficar a brincar no parque até mais tarde, ir à praia, fazer piqueniques no campo, fazer novos amigos, brincar com os amigos com quem não estamos habitualmente e até viajar.
E embora a escola e as aulas sejam formalmente o espaço e o tempo de aprendizagem e de trabalho, não significa que as férias sejam o tempo de não trabalho e de não aprendizagem.
Também nas férias, pode ajudar o seu filho a fazer novas aprendizagens, a adquirir e melhorar competências e a não esquecer o que aprendeu durante o ano, proporcionando-lhe experiências únicas e cheias de significado, que ele certamente nunca mais irá esquecer.
Aproveite as férias, para educar e ensinar os seus filhos de uma forma descontraída e não formal.
A não formalidade da educação, ou melhor dizendo a Educação Não Formal, é aliás um tema que ganha cada vez mais destaque e importância, sendo debatido pelo Comité de Ministros do Conselho da Europa, que afirma que a educação e a aprendizagem não-formal é uma área essencial à aprendizagem.
Mas o que é a Educação não formal?
A Educação não formal, é centrada na criança, nos seus gostos e motivações. Não tem horário, nem espaço específico para acontecer, não tendo um currículo ou avaliação formal. É assim, uma forma de educação voluntária, que parte das oportunidades que a própria curiosidade e vontade de aprender da criança nos dá.
Mas e como é que nós pais, pomos em prática a Educação não Formal durante as férias?
Tem um número infinito de possibilidades!
Essa fase da sua obra, a mais popularmente difundida, caracteriza-se por pinturas cujas estruturas são definidas por linhas pretas ortogonais (o uso de diagonais induziria a percepção a ver profundidade na tela).
Essas linhas definem espaços que se relacionam de diferentes modos com os limites da pintura, e que podem ser preenchidos com uma cor primária: amarelo, azul e vermelho, decisão que mostra sua estreita relação com as teorias estéticas da Bauhaus e da Escola de Ulm, e que definem pesos visuais diferentes para esses espaços.
Os blocos de cor, pintados de modo fosco e distribuídos assimetricamente, reforçam a ideia de um movimento superficial que se estende perpetuamente, indicando que o pintor investia na percepção da sua obra como uma abstracção materialista e sem profundidade, criticando a pintura histórica enquanto produzia uma abstracção racionalista, espiritualista e sobretudo concreta do mundo. A sua obra continua a inspirar a arte, o design, a moda e a publicidade.
No Museu Colecção Berardo é possível admirar um óleo sobre tela do pintor holandês – Composition with Yellow, Black, Blue and Grey, 1923.
Uma das actividades realizadas na aula de Artes III da Gymboree – uma janela muito especial – teve como inspiração um quadro deste pintor.
O resultado: umas janelas, ou quadros, ao estilo neoplastico de Mondrian.
Em exclusivo no blog do Gymboree admiram-se as fascinantes obras de Arte dos nossos Artistas Ricardo e Diana.
Por Inês Afonso Marques, Psicóloga
0-1 ANO:
Crie uma sinfonia! Reúna um conjunto de objectos sonoros/barulhentos – tampas de frascos, rocas/guizos, colheres de pau ou de plástico – e una-os com uma fita. Agite o instrumento em frente ao seu bebé.
Como é que ele reage? Mexe-se e tenta pegar no instrumento ou procura afastá-lo? Parece receoso ou chora?
Compreender o modo como a criança lida com a informação sensorial e detectar qual a amplitude de som que é confortável para o bebé, constitui uma informação importante para os pais e para outros cuidadores do bebé.
1 – 2 ANOS:
Será que cabes? Junte algumas caixas de cartão – algumas suficientemente pequenas para que o seu filho não caiba lá dentro e outras suficientemente grandes para que se possa sentar no interior.
Para fortalecer a sua noção de consciência espacial, alinhe as caixas e pergunte ao seu filho “Será que cabes?” Deixe-o experimentar entrar em cada caixa para ver se cabe. Esta é, também, uma excelente actividade de resolução de problemas.
2 – 3 ANOS:
Saltar nas folhas de lírio/nenúfar. Corte grande círculos verdes de papel. Espalhe-os e cole-os no chão. Veja se o seu filho consegue andar ou “saltar” de folha em foha. Diga “salta” cada vez que o filho salta para associar a palavra à acção.
Jogos como este incentivam a imaginação e o pensamento criativo do seu filho, tanto como constroem as capacidades da linguagem
3 – 5 ANOS:
Brinquem ao “afunda” ou “flutua”. Reúna um conjunto de itens, alguns que se afundam (como uma pedra) e outros que flutuam (como uma rolha). Encha uma bacia com água e peça ao seu filho para adivinhar se determinado objecto irá flutuar ou afundar-se.
Deixe que a criança coloque cada item no alguidar de modo a observar se o seu palpite estava correcto.
DIVIRTAM-SE!