A magia das Bolinhas de Sabão
O valor da herança associada ao brincar, atividade intrínseca ao crescer, é incalculável. Desde o simples “cu-cu”, passando pelas lenga-lengas acompanhadas de gestos, até ao mundo do faz de conta onde reina o pensamento simbólico, brincar é algo que flui naturalmente desde o nascimento, como uma forma privilegiada de comunicação entre o bebé e o mundo que o rodeia. E dessa comunicação surge o auto-conhecimento, bem como a construção de outros importantes pilares do desenvolvimento motor, cognitivo,
social e emocional do ser humano.
As bolinhas de “sabão” do Gymboree são especiais por vários motivos. A sua fórmula única cria centenas e centenas de bolinhas que flutuam no ar – e por lá ficam! Quando “aterram”, não rebentam facilmente e quando isso acontece as bolinhas dissolvem-se, não deixando as superfícies “ensaboadas”. Outra característica que as torna um ótimo parceiro de inúmeras brincadeiras é o facto de serem totalmente livres de químicos. Isto significa que são seguras quando em contacto com a pele ou mesmo com a boca dos mais pequenos. Usando a máquina num sentido e com sopros suaves faz bolinhas grandes, usando-a no outro sentido e com sopros rápidos e fortes faz imensas bolinhas pequenas.
Aperfeiçoe a Arte das Bolinhas com o seu filhote e divirtam-se durante horas. Numa primeira abordagem, e independentemente da idade da criança, ela necessitará de si enquanto modelo para a guiar no manuseio da máquina e do líquido, bem como na forma de conduzir algumas animadas brincadeiras.
Mesmo antes da criança ser capaz de brincar de forma autónoma com estas bolinhas, a partir dos 3 meses, o bebé está pronto para assistir ao espetáculo das pequenas esferas fascinantes e com elas aprender alguns conceitos – como a noção de causa e efeito.
Por volta dos 18 meses uma criança já possui algumas competências de motricidade fina e capacidade de coordenação olho-mão, possibilitando-lhe experimentar o seu talento nesta Arte.
E como para fazer bolinhas é necessário soprar…
Vamos começar por treinar o sopro?
Enquanto troca a fralda ao seu bebé, sopre gentilmente sobre o seu corpo. Nas mãos, na barriga, nos pés, no pescoço… Desta forma, ajudará o bebé a desenvolver consciência corporal. Conte ainda com o despoletar de alguns sorrisos!
Para crianças mais crescidas, poderá ajudá-las a tomar consciência do sopro, incentivando-as a fazê-lo contra as suas próprias mãos: sopros fortes e sopros fracos.
Depois deste treino inicial, preparados para a animação? “POP, POP, POP”
Cortina de bolinhas (a partir dos primeiros meses)
Na infância, para muito bebés e crianças estar simplesmente no meio de uma cortina de
bolinhas brilhantes, leves e esvoaçantes é algo que lhes dá imensa alegria. Observar bolinhas a voar pelo ar fortalece competências visuais como a capacidade para seguir com o olhar um objecto ou a noção de profundidade e, quando tentam alcançá-las, treinam competências de coordenação olho-mão, que mais tarde serão importantes para aperfeiçoar a motricidade fina. Ao conseguir rebentar as bolinhas, o bebé começa a compreender que os seus gestos têm impacto no mundo que o rodeia, e inicia a aprendizagem da noção de causa e efeito – quando toca um objecto aparentemente sólido ele pode rebentar. São as suas primeiras lições de Física.
Música
(Ritmo: Pouring, pouring)
Bolinhas, bolinhas.
Estão a chover bolinhas.
Com o meu dedo vou rebentar
E continuar a brincar!
Chuva de Bolinhas (a partir dos 2 anos)
Faça muitas e pequenas bolinhas sobre a cabeça do seu pequenote. São gotas de chuva! Sugira-lhe que tente apanhar ou rebentar as bolinhas enquanto estão no ar. Com a mão. Depois só com um dedo. Que tal o dedo mindinho? E com o cotovelo? A bater palmas ou com os pés? Estes exercícios desenvolvem o equilíbrio e a coordenação. Estimulando as competências linguísticas da criança, conversem sobre a experiência. O que acontece quando tocamos uma bolinha? Quais são mais fáceis de apanhar? Grandes ou pequenas? No chão ou a voar? Qual a sensação de tocá-las? Parecem cócegas ou beijinhos?
Poderão também usar um copo de papel para recolher as gotas de chuva (bolinhas) que “caem” e em seguida usar esse copo cheio de “água” para regar as flores de um jardim imaginário. Ou as bolinhas poderão transformar-se numa praga de mosquitos que é necessário afastar. O que sugere o seu filhote?
Este tipo de brincadeira, que apela à imaginação, é fundamental para o desenvolvimento do pensamento simbólico, para a auto-regulação e para a criatividade. Ao experimentarem uma variedade de símbolos, ideias e relações, através da brincadeira, a criança está a desenvolver ferramentas que lhe serão muito úteis para encarar desafios futuros. E a descoberta do mundo faz de conta é um verdadeiro ensaio para o mundo real!
Nuvem de Bolinhas (a partir dos 3 anos)
O que é mais divertido do que uma bolinha de sabão? Uma irresistível nuvem de bolinhas cintilantes! Ajude o seu filho a fazer o máximo de bolinhas que conseguir durante 15 segundos. Ao fim desse período de tempo, troque a máquina Bubble Oodles por uma palhinha e peça à criança que use a palhinha para soprar mantendo-as bem alto, “perto o céu”, e sem rebentarem. A concentração tem de ser elevada. Ao fim de algumas tentativas a tarefa tornar-se-á mais fácil para a criança. Reforce cada conquista. A criança irá sentir-se competente e confiante para abraçar novos desafios. E se alargar o convite a alguns amigos do seu filho? Encoraje a cooperação, estimulando-os a tentarem manter a nuvem de bolinhas bem alta, usando para isso, cada criança, uma palhinha. Prepare-se para ouvir muitas expressões de contentamento à medida que as competências sociais das crianças se vão fortalecendo com esta alegre brincadeira.
(Ritmo: Frère Jaques)
Pequenas bolas, pequenas bolas.
A voar, pelo ar.
Olha as bolinhas
Leves e redondas
A voar, pelo ar.
Voilá! Uma obra prima! (a partir dos 4 anos)
As crianças divertem-se imenso com bolinhas de sabão gigantes. É possível criá-las
substituindo a máquina das Bubble Oodles por um grande cone construído a partir de cartão resistente ou de folhas plastificadas. Depois de deitar uma pequena quantidade de liquido num prato de plástico, mergulhe nele a ponta mais larga do cone e retire o excesso. Em seguida, será necessário um sopro forte e, com um rápido movimento de rotação do pulso, surgirá a flutuar uma incrível bola gigante. Poderá depois permitir que a criança experimente e vá aperfeiçoando a sua técnica.
Independentemente da brincadeira, os pais são para as crianças os seus mentores de
eleição. Por isso, deixamos aqui algumas ideias para se inspirar. Depois, deixe a criança
acrescentar alguns ingredientes mágicos do seu imaginário. Mostre à criança que o que ela tem a dizer é importante. A animação será garantida!
Por Inês Afonso Marques, Psicóloga