«Um adulto genuinamente atento consegue mais facilmente ‘descodificar’ e conhecer o seu filho»

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Crescemos Juntos, de Inês Afonso Marques

 

Inês Afonso Marques, psicóloga clínica e psicoterapeuta infantojuvenil, lançou Crescemos Juntos, um livro que tem por objetivo inspirar pais e educadores para uma «parentalidade feliz».

Conversámos com a piscóloga sobre os desafios atuais da parentalidade e da importância da felicidade individual no papel da educação.

O que a impeliu a escrever o livro Crescemos Juntos?

Sou uma apaixonada pelos temas da parentalidade e, claro, a minha experiência clínica e o contacto diário com as famílias e com as suas necessidades, fez-me perceber que este livro poderia ser útil e fazer sentido a muitos pais.

https://www.instagram.com/p/BovyjMdnJNe/?taken-by=inesafonsomarques

No consultório recebo frequentemente pais cansados, desorientados, desesperançados; pais que se sentem pressionados pela velocidade dos dias, das exigências variadas e constantes, da dispersão da atenção e do tempo, das pressões sociais…

Pais que precisam de algumas orientações e “colo”, pais que, para além das orientações práticas enquadradas no desenvolvimento infantil, na psicologia e na pedagogia, manifestam alguma necessidade de “calibrar a bússola” da parentalidade, reenquadrar os valores em que acreditam e fortalecer a sua confiança.

Decidi neste livro recorrer a uma linguagem simples mas potencialmente impactante, com conteúdos tocam temas transversais a todos os pais: gestão emocional, brincar, desenvolvimento infantil, aprendizagem, bem-estar, valores, autonomia, autoestima e que resultam daquilo que a ciência, a investigação na área da Psicologia e da Educação nos diz, daquilo que as famílias com quem me cruzo me têm ensinado, assim como daquilo que a minha Família me tem ajudado a descobrir.

Porque é que este livro vai ajudar os pais / educadores?

Neste livro os leitores vão encontrar inspirações, ideias, exemplos, exercícios e algumas provocações que os convidarão à reflexão sobre a intensa e extraordinária missão que é a parentalidade. É um livro prático, para ser vivido diariamente e onde se pode ir escrevendo, tomando notas, registando reflexões, guardando outras preciosidades…

O livro possibilita que os pais se (re)foquem naquilo que mais valorizam na parentalidade, compreendam melhor os filhos e sintonizem emocionalmente com eles, fortalecendo laços emocionais que servem de base a um crescimento harmonioso e feliz.

Acompanhando o crescimento dos filhos de forma mais consciente desafio também os pais a uma viagem de autodescoberta e, logo, também de crescimento pessoal.

O tempo (ou a falta dele) é a aparente grande questão dos nossos dias, no que toca à disponibilidade para educar. Concorda?

Conhecendo as mais diversas realidades, há situações em que se almejaria efetivamente mais tempo passado entre pais e filhos. Nalguns casos é possível realizar alguns ajustes simples para que pais e filhos possam usufruir de mais tempo na companhia uns dos outros.

Em todo o caso, considero que o grande tema não é o da “quantidade” de tempo, é o da qualidade do tempo que é vivido pelas famílias. É evidente que vivemos grande parte dos dias em piloto automático, desconectados da realidade presente e desconectados uns dos outros, mas é possível abrandar e é possível que o tempo em família seja vivido com qualidade, em verdadeira relação…

Refeições com a televisão ligada, passeios de telemóvel na mão, pequenos-almoços no carro a caminho da escola não convidam aos laços afetivos.

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Inversamente, colocar o despertador para 15 minutos mais cedo evitando correrias e possibilitando uma refeição mesmo que rápida em conjunto, alocar 15 minutos antes da hora de dormir a um momento de brincadeira ou conversa, em que não são válidas distrações (como loiça para lavar, emails por responder, mochilas para preparar, notícias para ver), deixar o telemóvel em casa ou no carro, numa ida ao parque ou ao restaurante, acrescentam imenso à satisfação da família.

A disponibilidade para se ser pai vai muito além da disponibilidade de tempo. Em grande medida a disponibilidade emocional é tão ou mais importante do que outra formas de disponibilidade.

O que é que é, em 2018, um bom pai/mãe?

“Não há pais perfeitos mas há pais que diariamente dão o melhor de si”. Esta é a inspiração número 1 do livro. Compreender esta dimensão é um excelente ponto de partida para qualquer pai/mãe.

E os pais que diariamente dão o melhor de si são pais que estão disponíveis, que genuinamente escutam os filhos, que estão atentos às necessidades dos filhos, que respeitam e valorizam as suas idiossincrasias, que dão espaço de segurança para que a expressão emocional e de pensamento ocorra, que usam o bom senso, que cuidam de si próprio. E que mimam muito!

Como é que as crianças ajudam os adultos a serem melhores pais?

As crianças são intrinsecamente genuínas e, nesse sentido, as mensagens que transmitem são puras. Apesar de, nas idades precoces, existir alguma limitação na capacidade linguística e na gestão emocional, as crianças conseguem de forma genial, recorrendo àquilo que lhe é mais fácil, nomeadamente o seu comportamento, transmitir aos adultos aquilo que pensam, sentem e necessitam.

Um adulto focado no momento presente, genuinamente atento, consegue mais facilmente “descodificar” e conhecer o seu filho, dando-lhe respostas que vão ao encontro das suas necessidades.

Os filhos desafiam os pais a pisarem “territórios” internos desconhecidos, a explorar limites pessoais e interpessoais, a conhecer novos estados emocionais e a descobrir novos mundos… E mesmo nos momentos desafiantes, de “crise”, há espaço para novas descobertas e para o crescimento pessoal. É precisamente para isso que remete o nome do livro. Crescemos Juntos relembra os pais da necessidade de reajustamento permanente que a parentalidade exige e para a consciência de que, ao ajudarem os filhos a crescer, também eles estão a crescer…

Quais são os principais desafios da parentalidade? E como podem ser ultrapassados?

Um dos grandes desafios têm a ver com o ritmo / agenda dos dias das famílias, como pouco espaço para encontros com significado emocional (embora eles estejam potencialmente sempre presentes, mesmo nos momentos de rotina como um banho, uma viagem de carro ou uma refeição).

O outro relaciona-se com a pressão externa e interna para “se ser o melhor”, pressão essa tantas vezes absorvida pelos miúdos. Há no livro também várias inspirações que convidam a reflexão sobre este tema.

Que peso tem a realização pessoal do adulto na felicidade da criança?

Um adulto realizado é um adulto tendencialmente mais apto e disponível para os outros e, naturalmente, para as crianças.

Considera que muitos pais ainda acham que é preciso abdicarem de si mesmos para poderem proporcionar bem-estar aos filhos?

Sim, observo muitas pessoas que acreditam ser necessário colocarem-se de lado, a si e aos seus projetos, para proporcionarem bem-estar aos filhos. Um pai pode ter que fazer alguns (ou muitos) reajustamentos mas não tem de deixar de ser a pessoa que é, nem de fazer aquilo que o satisfaz. Aliás o autocuidado é um dos ingredientes fundamentais para o equilíbrio emocional de qualquer pessoa. Um pai que descuida o seu autocuidado é um pai que estará em maior risco de burnout parental.

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De que forma é que se pode contornar isso?

Os pais não podem abdicar de si mesmos para proporcionar bem estar aos filhos.

Se pudesse dar conselhos a quem está a pensar ter um filho, quais seriam?

  1. Leia (e viva) o Crescemos Juntos.
  2. Cuide de si.
  3. Esteja disponível, com amor e curiosidade; fomente em si a flexibilidade e capacidade de adaptação a novos desafios.
  4. Delicie-se com o que aí vem e confie em si.
«Um adulto genuinamente atento consegue mais facilmente 'descodificar' e conhecer o seu filho» 1
Inês Afonso Marques, psicóloga clínica e psicoterapeuta infantojuvenil
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